Infância  No ano e na hora do lendário dragão chinês, Bruce Lee nasceu em São Francisco, Califórnia, durante uma passagem da Ópera  Chinesa, da qual seus pais eram integrantes. Voltou para Hong Kong com apenas 3 meses de idade, cresceu e viveu lá até o fim  de sua adolescência. Seu pai se chamava Lee Hoi-Chuen, e sua mãe, Grace Ho. Bruce foi o quarto de cinco filhos. Por seus pais  serem artistas da Ópera Chinesa, Bruce atuou em vários filmes chineses durante sua infância.  Nomes  Lee recebeu o nome Lee Jun Fan, pelos seus pais que em Cantonês literalmente significa avigore São Francisco,  em homenagem ao nome em chinês de seu local de nascimento, São Francisco, Califórnia. O nome Bruce foi  dado por uma enfermeira do hospital em que Lee nasceu, também recebeu outro nome durante sua infância, Sai  Feng, um nome típico feminino, usado normalmente para afastar a criança de maus espíritos.  O seu nome artístico foi Lee Siu Lung em Cantonês ou Li Xiao Long em Mandarim que literalmente significa Lee  Pequeno Dragão, o nome foi dado por um diretor em 1950 de um filme cantonês no qual Lee atuou.  Família O pai de Bruce, Lee Hoi Chuen foi um dos líderes da ópera cantonesa e um ator do  cinema chinês, estava completando um ano de turnê com ópera cantonesa nas  vésperas da invasão japonesa em Hong Kong durante a Segunda Guerra Mundial.  Lee Hoi Chuen ficou em turnê nos Estados Unidos por muitos anos realizando  apresentações em inúmeras comunidades chinesas. Lee Hoi Chuen decidiu voltar  para Hong Kong depois que sua esposa deu à luz Bruce em 1940.  Dentro de poucos meses após retornarem, Hong Kong foi invadida e viveu 3 anos e  8 meses sob ocupação japonesa. A família Lee sobreviveu razoavelmente bem aos  tempos de guerra, e após o fim da guerra, o pai de Bruce decidiu retomar sua  carreira de ator e se tornou uma estrela ainda maior durante os anos de  "reconstrução" de Hong Kong.  A mãe de Bruce Lee, Grace Ho pertencia a um dos clãs mais ricos e poderosos em  Hong Kong, os Tungs Ho. Ela era a sobrinha de Sir Robert Ho Tung, o patriarca do  clã. Com isso, o jovem Bruce Lee cresceu em um ambiente rico e privilegiado.  Início nas Artes Marciais Desde cedo Bruce Lee treinava Tai Chi com seu pai e também aprendeu Wing Chun dos 15 aos 18 anos com o famoso mestre Yip  Man, no qual foi apresentado ao estilo pelo seu amigo William Cheung em 1954. Anos mais tarde, o próprio William Cheung disse  que Bruce Lee evoluiu muito rápido no Wing Chun, ultrapassando em pouco tempo a habilidade de muitos alunos mais antigos.  Bruce tinha uma facilidade acima do comum para aprender e executar os movimentos ensinados pelo seu mestre. Como em  muitas das escolas de artes marciais na época, os alunos eram ensinados por outros alunos mais graduados. Mas Yip Man  começou a treinar Lee em particular após alguns alunos se recusarem a treiná-lo, pelo fato de que sua mãe não era totalmente  chinesa (o Avô materno de Bruce era alemão e sua avó Chinesa) e a maioria dos chineses naquele tempo recusavam-se a  ensinar artes marciais aos ocidentais e aos mestiços. Após a guerra, Hong Kong era um lugar difícil de se crescer. Haviam diversas gangues pelas ruas da cidade e Lee foi muitas  vezes forçado a lutar contra elas. Mas Bruce gostava de desafios um contra um e por diversas vezes enfrentou membros dessas  gangues. Mesmo com o pedido de seus pais para que ele se afastasse desse cotidiano, pouco adiantou. Devido aos desafios que  Bruce venceu as confusões vinham naturalmente até ele.  Deixando Hong Kong  Depois de estudar na Tak Sun School (ficava a dois quarteirões de sua casa na 218 Nathan Road, Kowloon) Lee entrou na rígida  escola primária de La Salle College, em 1950 ou 1952 (com 12 anos). Por volta de 1956, devido ao baixo rendimento escolar e a  seu péssimo comportamento, ele foi transferido para o Colégio St. Francis Xavier's College (ginásio) , onde seria aluno do irmão  Edward (foi condenado na Alemanha a passar o resto de seus dias em Hong Kong), um monge católico, professor e técnico da  escola de boxe da equipe.  Na primavera de 1959, Lee participou de uma briga de rua onde a polícia foi chamada. Lee brigou, venceu e espancou o filho de  uma temida família das Tríades. Finalmente o pai de Lee decidiu que seu filho deveria deixar Hong Kong para seguir uma vida  mais segura e saudável nos Estados Unidos. Seus pais ficaram sabendo através da polícia que desta vez o oponente de Bruce  Lee tinha antecedentes criminais, e havia a possibilidade de que sua gangue atacasse Bruce Lee. E que se Bruce voltasse a se  envolver em brigas desse nível, ele poderia ser preso.  E em abril de 1959 eles decidiram mandá-lo para os Estados Unidos para se encontrar com sua irmã Agnes Lee, que já estava  morando com amigos da família em São Francisco.  A Vida nos EUA Aos 18 anos de idade, Bruce Lee foi para os Estados Unidos, com 100 dólares no bolso e 2 títulos de campeão de Boxe de 1957  e 1958 de Hong Kong. Depois de viver em São Francisco por vários meses, ele se mudou para Seattle no outono de 1959, para  continuar seus estudos e trabalhou para Ruby Chow como garçom e lavador de pratos em seu restaurante.  Ruby era esposa de um amigo de seu pai. Seu irmão mais velho Peter Lee também acolheu Bruce Lee em Seattle para uma  pequena estadia. Em dezembro de 1960, Lee concluiu o ensino médio e recebeu seu diploma da Edison Technical School (agora  Seattle Central Community College, localizado em Capitol Hill, Seattle).  Em março de 1961, matriculou-se na Universidade de Washington e formou-se em filosofia. Também estudou teatro e psicologia.  Foi na Universidade de Washington que ele conheceu sua futura esposa, Linda Emery, com quem se casaria em agosto de 1964.  Bruce teve dois filhos com Linda, Brandon Lee e Shannon Lee.  Jun Fan Kung Fu  Lee começou a ensinar artes marciais nos Estados Unidos em 1959. Ele dava aulas de Jun Fan Kung Fu  (literalmente Kung Fu de Bruce Lee). Foi basicamente as técnicas do Wing Chun, com algumas ideias de  Lee. Ensinou diversos amigos que se reuniam em Seattle, começando pelo lutador de Judô Jesse Glover,  que mais tarde se tornaria seu primeiro instrutor assistente. Lee abriu a sua primeira escola de artes  marciais, com o nome de Lee Jun Fan Kung Fu Institute, em Seattle.  Bruce Lee saiu da faculdade na primavera de 1964 e se mudou para Oakland para morar com James Yim  Lee. Juntos, eles fundaram a segunda escola de artes marciais Jun Fan em Oakland. James Lee também  foi responsável por apresentar Bruce Lee a Ed Parker, fascinado pelo mundo da arte marcial e organizador  do (Long Beach) Torneio Internacional de Karatê onde Bruce Lee seria mais tarde "descoberto" por um  produtor de Hollywood.  Aptidão física Bruce Lee era conhecido pela sua aptidão física e desenvolvimento avançado dos músculos do corpo. Seus exercícios e  treinamentos cumpridos com dedicação tornaram-no tão forte quanto uma pessoa de seu porte poderia ficar.  Depois de sua luta com Jack Wong Man, em 1965, Lee se focou totalmente no treinamento de artes marciais. Sentia que muitos  artistas marciais de sua época não passam tempo suficiente treinando o condicionamento físico. Bruce incluiu em seus exercícios  de condicionamento todos os elementos da força e da aptidão muscular, resistência muscular, resistência cardiovascular e  flexibilidade. Ele tentou técnicas tradicionais de musculação para construir músculos volumosos ou aumentar a massa muscular.  No entanto, Lee teve o cuidado de advertir que a preparação mental e espiritual era fundamental para o sucesso do treinamento  físico nas habilidades de artes marciais.  Os abdominais de Bruce Lee  De todas as partes do corpo que Bruce Lee desenvolveu, os seus músculos abdominais eram  os mais espetaculares: sólidos como pedra ao toque, profundamente cortados e altamente  definidos. Bruce acreditava que os abdominais eram um dos mais importantes grupos  musculares para um artista marcial já que virtualmente todo movimento requer algum grau de  trabalho abdominal.  Ele sentia que a muitos artistas marciais dos dias dele não tinham aptidão física necessária  para acompanhá-lo.  A esposa de Lee, Linda Emery, reivindica que o seu falecido marido "era um fanático por  treinos abdominais. Ele estava sempre a fazer sit-ups, abdominais, movimentos de cadeira  romanos, elevações de perna, e V-ups."  De acordo com algumas notas iniciais de Lee, o seu treino diário abdominal incluía:      * Torção de Cintura - quatro séries de 90 repetições.      * Sentar para cima (sit-ups) com torções - quatro séries de 20 repetições.      * Elevações de perna - quatro séries de 20 repetições.      * Torções inclinadas - quatro séries de 50 repetições.     * Pontapés em posição de rã - quatro séries de 50 repetições.  Jeet Kun Do O Jeet Kune Do se originou em 1965 em uma luta controversa com Wong Jack Man, que era contra a ideia de Lee em ensinar  artes marciais a não-orientais. Após cerca de três minutos de combate (alguns dizem 20 - 25 min), Wong Jack Man foi derrotado.  Lee concluiu que a luta durou tempo demais e que ele não tinha demonstrado todo seu potencial usando as técnicas do Wing  Chun. Ele considerou que as técnicas tradicionais de artes marciais eram muito rígidas e formalistas para serem usadas em  situações de violência nas ruas. Lee decidiu desenvolver um sistema com ênfase na "praticidade, flexibilidade, rapidez e  eficiência". Ele começou a usar métodos diferentes de treinamento, como treinamento de peso para a força, corrida de resistência,  alongamento para a flexibilidade, e muitos outros que ele foi adaptando periodicamente.  Lee enfatizou o que chamou de "o estilo sem estilo". Este consistia em livrar-se da abordagem formalizada e Lee alegou que era  uma mistura de estilos tradicionais. Lee sentiu que o sistema que no momento chama-se Jun Fan Gung Fu ainda era bastante  restritivo e, finalmente, evoluiu para Jeet Kune Do ou o Caminho do punho interceptor.  Long Beach e Campeonatos de Lutas  A convite de Ed Parker, Lee apareceu em 1964 no Long Beach International Karate Championships para  apresentações de suas flexões sobre os dedos (usando o polegar e o dedo indicador). No mesmo evento em  Long Beach, também apresentou o famoso "soco de uma polegada".  Seu voluntário para a demonstração do soco foi Bob Baker de Stockton, Califórnia. "Eu disse a Bruce que  não faria esse tipo de demonstração de novo", lembrou. "Quando ele me deu um soco da última vez, eu tive  que ficar em casa sem trabalhar, porque a dor no peito era insuportável."  Foi em 1964 em um campeonato onde Lee conheceu o mestre de taekwondo, Jhoon Rhee. Os dois  desenvolveram uma amizade - uma relação em que ambos se beneficiaram como artistas marciais. Jhoon  Rhee ensinou seu chute lateral a Lee, e em retribuição Lee o ensinou o seu "soco telegráfico".  Lee também apareceu em 1967, no Long Beach International Karate Championships e realizou diversas  apresentações, incluindo o famoso soco "imparável" contra o campeão mundial de karatê, Vic Moore. Lee  disse que ia dar um soco em seu rosto, e tudo o que Moore tinha que fazer era tentar bloqueá-lo. Lee deu  alguns passos para trás e perguntou se Moore estava pronto, Moore faz sinal positivo com a cabeça, Lee  então deu um soco em linha reta diretamente para o rosto de Moore, e parou antes do impacto. Em oito  tentativas, Moore não conseguiu bloquear qualquer dos socos.  Lutas Oficiais  Ordem: Ano - Adversário - Local - Resultado  1955 - William Cheung - Hong Kong - Exibição  1957 - Wong Shun-Leung - Hong Kong - Exibição  1958 - Pu Chang - Hong Kong -  venceu KO no 2º round  1958 - Yang Huang - Hong Kong - venceu KO no 1º round  1958 - Lieh Lo - Hong Kong - venceu KO no 1º round  1958 - Shen Yuen - Hong Kong - venceu KO no 1º round  Carreira artística O pai de Lee, Hoi-Chuen era um famoso astro da ópera cantonesa. Bruce foi  introduzido em filmes em uma idade muito jovem e apareceu em vários curtas ainda  em preto-e-branco quando era criança. Lee teve seu primeiro papel ainda como um  bebê. Na época em que tinha 18 anos, ele já tinha aparecido em vinte filmes.  Nos Estados Unidos entre 1959 e 1964, Lee abandonou os pensamentos de uma  carreira no cinema em favor da dedicação total às artes marciais. William Lee Dozier  o convidou para uma audição após assistir uma de suas apresentações de artes  marciais. Lee impressionou tanto os produtores com sua agilidade que ele ganhou o  papel de Kato ao lado de Van Williams na série de TV O Besouro Verde. O show  durou apenas uma temporada, de 1966 a 1967. Além disso apareceu diversas vezes  em participações em várias séries televisivas, incluindo Ironside (1967) e Here Come  the Brides (1969). Em 1969, Lee fez uma breve aparição em seu primeiro filme  estadunidense Marlowe onde interpretava um capanga contratado para intimidar o  detetive particular Philip Marlowe (interpretado por James Garner), esmagando o seu  escritório com chutes e socos. Em 1971, Lee atuou em quatro episódios da série de televisão Longstreet como o instrutor de artes  marciais do personagem principal Mike (interpretado por James Franciscus).  De acordo com declarações feitas por Bruce Lee, e também por Linda Lee após a morte de Bruce, em 1971, Bruce lançou uma  série de televisão de sua autoria intitulado "A Warrior", discussões que também foram confirmados pela Warner Bros Segundo  Cadwell, no entanto, a ideia de Lee foi adaptada e rebatizada de Kung Fu, mas a Warner Bros não lhe deu nenhum crédito. Em  vez disso o papel do monge Shaolin do Velho Oeste, foi dado ao então não-artista marcial David Carradine pelo medo de um heroi  chinês não agradar ao público.  Não estando satisfeito com seus papéis de apoio nos EUA, Lee retornou para Hong Kong. Sem saber que "O Besouro Verde"  tinha sido exibido e feito muito sucesso em Hong Kong sendo oficialmente chamado de "O Show do Kato", ele foi surpreendido ao  ser reconhecido na rua como a "estrela" do show. Então lhe foi oferecido um contrato de cinema pelo lendário diretor Raymond  Chow para estrelar dois filmes produzidos por sua produtora Golden Harvest. Lee atuou seu primeiro papel principal em O Dragão  Chinês (1971) que foi um enorme sucesso de bilheteria em toda a Ásia e o lançou ao estrelato. Logo em seguida atuou em A Fúria  do Dragão (1972) que quebrou os recordes de bilheteria anteriormente estabelecidos pelo Dragão Chinês. Tendo terminado o seu  primeiro contrato de dois anos, Lee negociou um novo contrato com a Golden Harvest. E depois formou sua própria companhia  Concord Productions Inc, com Chow. Para o seu terceiro filme, O Vôo do Dragão (1972), foi dado o controle completo de produção  do filme como o escritor, diretor, astro e coreógrafo das cenas de luta. Em 1964, em uma demonstração em Long Beach,  Califórnia, Lee tinha encontrado o campeão de Karate Chuck Norris. Em O Vôo do Dragão, Lee e Norris apresentam aos  espectadores uma luta final em pleno Coliseu, de Roma que é considerada uma das mais memoráveis da história dos filmes de  luta. No final de 1972, Lee começou a trabalhar em seu quarto filme, Game of Death. Ele começou a filmar algumas cenas, incluindo  sua sequência de luta com a estrela do basquete estadunidense Kareem Abdul-Jabbar de 2,18m, um ex-aluno. A produção foi  interrompida quando a Warner Brothers ofereceu a oportunidade de Lee estrelar em Operação Dragão, o primeiro filme a ser  produzido em conjunto pela Golden Harvest e Warner Bros. Este filme seria o foguete de Lee para a fama na Europa e nos  Estados Unidos, no entanto, apenas alguns meses após a conclusão do filme e 6 dias antes do seu lançamento 26 de julho de  1973, Lee morreu misteriosamente. Posteriormente, Operação Dragão se tornaria uma das maiores bilheterias do ano e Lee uma  lenda das artes marciais. Ela foi feita com o custo de $ 850.000 em 1973 (equivalente a US $ 4 milhões). Até à data , Operação  Dragão arrecadou mais de $ 200 milhões no mundo inteiro. O filme provocou uma febre pelas artes marciais, simbolizadas em  canções como "Kung Fu Fighting" e programas de TV como o Kung Fu.  Robert Clouse, o diretor de Operação Dragão, e Raymond Chow tentou terminar O Jogo da Morte, filme incompleto que Lee  também foi escalado para escrever e dirigir. Lee tinha feito mais de 100 minutos de gravação, incluindo outtakes, para o Jogo da  Morte antes da ser filmagem interrompida para lhe permitir trabalhar em Operação Dragão. Além de Abdul-Jabbar, George  Lazenby, mestre de Hapkido Ji Han Jae Lee e outro praticante, Dan Inosanto também apareceram no filme.  Embora Lee seja mais conhecido como um artista marcial, ele também estudou teatro e filosofia, enquanto estava na  Universidade de Washington. Ele estava bem e tinha lido uma extensa quantidade de livros. Seus próprios livros sobre artes  marciais e filosofia de combate são conhecidos pelas suas afirmações filosóficas, tanto dentro como fora dos assuntos sobre artes  marciais. Sua filosofia eclética, muitas vezes espelhando suas crenças, lutas, embora ele afirmou que suas artes marciais eram  apenas uma metáfora para tais ensinamentos. Ele acreditava que qualquer conhecimento o levou ao auto-conhecimento, e disse  que seu método escolhido foi a auto-expressão das artes marciais. Suas influências incluem o taoísmo, Jiddu Krishnamurti, e do  Budismo. Quando perguntado por Little John, em 1972, qual era sua religião, Lee respondeu: "Nenhuma." Também em 1972,  quando perguntado se ele acreditava em Deus, ele respondeu: Para ser sincero, eu realmente não sei.  A Morte Em 10 de Maio de 1973, Lee desmaiou no estúdio Golden Harvest, enquanto fazia o  trabalho de dublagem para o filme Operação Dragão. Ele sofreu convulsões e dores  de cabeça e foi imediatamente levado para um hospital de Hong Kong, onde os  médicos diagnosticaram edema cerebral. Eles foram capazes de reduzir o inchaço  com a administração de manitol. Esses mesmos sintomas que ocorreram em seu  primeiro colapso depois foram repetidos no dia da sua morte.  Em 20 de julho de 1973, Lee foi a Hong Kong, para um jantar com o ex-James Bond  George Lazenby, com quem pretendia fazer um filme. Segundo sua esposa, Linda  Lee, Lee encontrou o produtor Raymond Chow às 2 da tarde em casa, para discutir a  realização do filme Jogo da Morte. Eles trabalharam até as 4 da tarde e depois  dirigiram juntos para a casa da colega Lee Betty Ting, uma atriz de Taiwan. Os três  passaram o script em casa e, em seguida Chow se retirou.  Mais tarde, Lee se queixou de uma dor de cabeça, e Ting deu-lhe um analgésico,  Equagesic, que incluía aspirina e um relaxante muscular. Cerca de 7:30 da noite, ele  foi se deitar para dormir. Quando Lee não apareceu para jantar, Chow chegou ao  apartamento, mas não viu Lee acordado. Um médico foi chamado, que passou dez  minutos tentando reanimá-lo antes de enviá-lo de ambulância ao hospital. Lee foi  dado como morto no momento em que chegou ao hospital.  Não houve lesão externa visível, porém de acordo com relatórios da autópsia, o seu  cérebro tinha inchado consideravelmente, passando de 1.400 a 1.575 gramas (um  aumento de 13%). Lee tinha 32 anos. A única substância encontrada durante a  autópsia foi Equagesic. Em 15 de outubro de 2005, Chow declarou em uma entrevista  que Lee morreu de uma hipersensibilidade ao relaxante muscular "Equagesic", que ele descreveu como um ingrediente comum  em analgésicos. Quando os médicos anunciaram a morte de Lee oficialmente, o país considerou uma enorme "desgraça".  A controvérsia ocorreu quando o Dr. Don Langford, que foi médico pessoal de Lee em Hong Kong e o havia tratado durante seu  primeiro colapso acreditava que o "Equagesic não foi único remédio envolvido no primeiro colapso de Bruce."  No entanto o professor RD Teare, um cientista forense da Scotland Yard que supervisionou mais de 1000 autópsias, foi o perito  superior designado para o caso Lee. Sua conclusão foi que a morte foi causada por um edema cerebral agudo devido a uma  reação aos compostos presentes na prescrição de remédios como o Equagesic.  Sua esposa Linda voltou para sua cidade natal, Seattle, e ele foi enterrado no lote 276 do Cemitério Lakeview. Seu caixão foi  carregado no funeral em 31 de julho de 1973 por Taky Kimura, Steve McQueen, James Coburn, Chuck Norris, George Lazenby,  Dan Inosanto, Peter Chin, e seu irmão Robert Lee.  A morte de Lee ainda é um tema de controvérsia.  Conspirações  Devido a seu status de mito, começaram a circular teorias de que ele havia sido envenenado pelas Tríades, enquanto outros  acreditavam que um cabal secreto de mestres de artes marciais matou Lee por ter revelado muitos segredos aos não-orientais,  Lee dizia que através da artes marciais a cultura oriental teria a chance de ser respeitada e reconhecida.  Houve ainda rumores de uma maldição hereditária sobre a família Lee, que afetou mais um membro em 1993, quando o seu filho,  Brandon Lee, foi morto em um acidente estranho durante as filmagens do filme O Corvo.  A explicação oficial é que Bruce Lee teve uma reação adversa aos remédios que havia tomado para a sua dor de cabeça, o que  causou um edema cerebral, matando o ator.  [editar] Personagens em sua homenagem  Devido a ser uma lenda das artes marciais, alguns artistas marciais fictícios em diversas mídias foram criados com base em Bruce  Lee, todos praticantes de Kung Fu ou Jeet Kune Do (exceto nos casos de Rock Lee da série Naruto e Hitmonlee da série  Pokemon, pois o anime Naruto tem lugar num mundo fictício e apesar de Rock Lee ser visivelmente uma homenagem a Bruce  Lee, os estilos Kung-Fu e Jeet Kune Do não existem em seu mundo, o que se aplica também ao mundo de Hitmonlee). Alguns  deles são:     * Dragon - personagem do jogo de arcade Kuri Kinton, de 1988.      * Kenshirou - personagem do anime Hokuto no ken.      * Fei Long - personagem da série de videogames Street Fighter.      * Liu Kang - personagem da série de videogames Mortal Kombat.      * Marshall Law e Forest Law - personagens da série de videogames Tekken.      * Abyo - personagem da série Pucca (possivelmente também o seu pai, o policial Bruce).      * Rock Lee - personagem do anime Naruto      * Kim Dragon - personagem da série de videogames World Heroes.      * Hitmonlee - personagem da série de jogos/anime Pokémon.      * Tetsuo - personagem da série de videogames Gekido Urban Fighters.      * Fei-On - personagem do game Saga Frontier para Playstation.      * Lee Pailong - personagem do anime/mangá Shaman King.  Referências     1. Bishop, James (2004), Bruce Lee: Dynamic Becoming, Dallas: Promethean Press, ISBN 0-9734054-0-6 .     2. Lee, Linda (1989), The Bruce Lee Story, United States: Ohara Publications, ISBN 0-89750-121-7 .     3. Little, John (2001), Bruce Lee: Artist of Life, Tuttle Publishing .    4. Little, John (1998), Bruce Lee: The Art of Expressing the Human Body, Tuttle Publishing .    5. Little, John (1997), Words of the Dragon : Interviews 1958–1973 (Bruce Lee) .     6. Thomas, Bruce (1994), Bruce Lee: Fighting Spirit : a Biography, Berkeley, California: Frog, Ltd., ISBN 1-883319-25-0 .     7. Yılmaz, Yüksel (2000), Dövüş Sanatlarının Temel İlkeleri, İstanbul, Turkey: Beyaz Yayınları, ISBN 975-8261-87-8 .     8. Yılmaz, Yüksel (2008), Jeet Kune Do'nun Felsefesi, İstanbul, Turkey: Yalın Yayıncılık, ISBN 978-9944-313-67-4 .     9. Vaughn, Jack (1986), The Legendary Bruce Lee, Ohara .    10. Dorgan, Michael (1980 July), Bruce Lee's Toughest Fight, EBM Kung Fu Academy, http://www.kungfu.net/brucelee.html 
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